segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Debaixo dos pés do abismo

(2002)

Alguns rastros ficam na poeira sem que ninguém
veja quem os fez
Mas os rastros permanecem e já foram passos de alguém

Há no escuro um cheiro que diminui
o medo que se fez
Mas a alma engatilhada dispara e a máscara cai

Não importa se apague a lâmpada incandescente
que ontem acendemos
Uma lágrima que acende não se apaga facilmente

Alguns rastros não se deixam apagar e na poeira
ficam bem marcados
E nem o vento impetuoso desfaz a dor primeira.





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