Seria assim o meu olhar se te deixassem aí
sentado, no banco vago diante de mim:
um olhar profundo de perdão,
de lágrima e de soluço,
e de silêncio.
Eu te olharia como se entregasse o sonho,
como se jogasse flores,
e teria nos olhos os beijos que não te dei.
Se te pusessem aí, diante de mim,
este banco vago seria o teu altar
e eu daqui te louvaria, te louvaria.
O meu olhar para ti seria insano
e eu te contemplaria até o meu último segundo.
Talvez o meu olhar compreendesse a tua ausência.
[Publicado no livro Absoluta - Contos, Crônicas e Poesias, 2013]
Patrícia Moresco
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
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