sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Poesia no abismo

Não sei porque preciso tanto cantar,
e essa vontade de correr sem rumo.

Faço uma pergunta louca e espero resposta;
tenho um pensamento louco e me acho inteira,
e, não sei por que, tanta loucura me completa.


Então me sento à beira do abismo, escrevo
(as mãos transpiram imperceptivelmente)
e deliro, Alice no País das Maravilhas.


Procuro qual das chaves abrirá o portão mágico
que me deixará observar o outro lado da fantasia.
Tudo é transparente e abstrato
forma-se um ciclone em meu poema.

Não sei por que, mas estou aqui.

Na vida e na mente,não tento fugir se me falta a rima.

Estou aqui e versejo,
faço um jardim na minha poesia.

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