Hoje eu vi uns olhos
que eram teus.
Olhos de lembrança.
Eram de menina,
olhos emaranhados de fios de esperança
aconchegados, no meio da face calma.
Tinha o mesmo brilho nos olhos que eu vi.
E cada um trazia, na dobra do canto externo,
a mesma ruga pequena, de jovem que eras,
causada pelo mesmo sorriso ameno.
Olhos de quem ama.
Eram olhos de quem sente a vida
e que a vida era, por mais que sofrida,
aquela coisa boa de se sentir.
Hoje eu vi uns olhos,
que eram teus.
Eram assim como eu guardo na memória:
doces olhos de menina grande,
pura fonte de uma luz que nunca cessa.
quarta-feira, 26 de março de 2008
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