segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Efeito de Delícia

Nós sempre temos vontade de uns poemas
que não temos coragem de escrever.
Porque temos essa ânsia louca pelo impuro
esse sangue quente nas veias
Temos sempre vontade de ler umas palavras
cio, ardência, obsceno, beijo na boca
umas palavras que ficam escondidas
porque têm medo da tenebrosa censura.

Agora não existe censura.
O cio esta à tona
deliciosamente escorrendo pelas palavras.
Tem sabor de mel, de hortelã
qualquer um destes prazeres comuns do paladar
Tem cheiro de jasmim, de comida no fogo
tem uma sensação incompreensível de desejo
põe neste poema um efeito de delícia.

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