terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Ainda

Ainda te espero como se viesses.
E, antes mesmo que o meu sonho acabe,
o dia amanhece.

Ainda guardo a flor que me deixaste
e que secou, como o amor que me juravas.
Mas de que chão havia brotado aquele ato?
Quanta verdade tinha a flor que me ofertavas?

Ainda ouço no caminho antigos passos
que reacendem a tua antiga beleza.
Só não mantenho a alegria daqueles tempos;
é toda morta, morta a natureza.

Ainda passo longas horas de lembrança
e o teu retrato, em minha mente, ainda existe.
E se ele pudesse, talvez me diria:
"Faz tanto tempo! Por quê ainda insistes?"


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Ao transcrever um texto ou parte dele, lembre-se de manter os créditos autorais.

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