segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cacos de vidro

Esse corte é tão fundo, dói tanto
Fez ferida, dessas que a cicatriz
nunca apaga
contraiu minhas mãos, que nem se abrem
secou meus argumentos,
calou-me a voz
escureceu a cor do meu olhar
me deu medo
Eu não sei como se faz parar
se os pedaços quebrados se espalham
e nos cortam mais, e mais, e mais
derramam nosso sangue,
tiram-nos a força
E se acordasse, de repente,
no meio do pesadelo?
Fico em silêncio, nem entendo o que diz
meu próprio coração.




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