Anoiteceu.
Quando vi, já estava lá a estrela.
Pelas ruas passam os homens;
os pássaros, fugindo da noite,
passam pelas vidraças.
Todos passam e somem.
Rabisco, no pensamento em branco,
um retrato abstrato de mim.
Os traços coloridos se mesclam
e me confundem.
Anoiteceu de repente,
a noite, uma brusca interrupção.
É a hora que passa, é o dia que passa,
é a vida que passa.
Todos os dias, coordenadamente,
os homens acendem suas luzes,
em filas, pelas ruas.
A estrela permanece,
naturalmente perdida,
inconstante, bela, cintilante.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
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