Dele, em mim eu trago o cheiro
o peso, a força, o gosto
o hálito, a luz dos olhos,
umas marcas roxas
Eu trago palavras e temperança
a lembrança pura
um pedaço da face iluminada
pela luz artificial na noite escura
Trago poemas de quem chegou
um pouco tarde
um meio sorriso, uma inteira verdade
um amor clandestino
uma saudade
Eu trago a alma, um pedaço de vida,
a mão que afaga.
Dele,
eu trago em mim o que nunca se apaga.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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