Eu
ouvia a chuva branda
e a tua antiga máquina de costura.
Era uma paz que eu tinha.
A tua voz que, vez em quando, balbuciava
a tua fita que media, media,
imaginava, cortava, construía.
A reza era de manhã.
À tarde, só ouvíamos a chuva,
e palpitávamos, frente à TV,
qual seria a escola de samba campeã.
Ao fim do dia era a mesma rotina.
Paravas teu trabalho para outros afazeres,
e eu ia, de botas, guarda-chuva,
buscar as vacas, longe, na invernada.
É assim que eu me lembro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário