terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Inocência
Riem-me as árvores da praça
e eu as contemplo em meu olhar poético.
Tenho um pensamento eclético
fico sem graça.
Divago minhas rimas neste enleio
e sonho, e o meu sonho me domina.
A força do minuto me abomina,
e perco o freio.
Relato tudo no papel do pensamento
com minhas costas sobre a grama debruçadas.
Me contagio com as palavras condenadas
me alimento.
Sinto receio do receio que me surge
e enrubesce minha face delirante.
O meu desejo se estampa em meu semblante
a noite urge.
Riem-me as árvores com seiva de endorfina
abro meus olhos e me sinto deslocada.
Talvez o verso seja a flor da madrugada
e eu, uma menina.
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