Anoiteceu.
Quando vi, já estava lá a estrela.
Pelas ruas passam os homens;
os pássaros, fugindo da noite,
passam pelas vidraças.
Todos passam e somem.
Rabisco, no pensamento em branco,
um retrato abstrato de mim.
Os traços coloridos se mesclam
e me confundem.
Anoiteceu de repente,
a noite, uma brusca interrupção.
É a hora que passa, é o dia que passa,
é a vida que passa.
Todos os dias, coordenadamente,
os homens acendem suas luzes,
em filas, pelas ruas.
A estrela permanece,
naturalmente perdida,
inconstante, bela, cintilante.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Um homem
Dele, em mim eu trago o cheiro
o peso, a força, o gosto
o hálito, a luz dos olhos,
umas marcas roxas
Eu trago palavras e temperança
a lembrança pura
um pedaço da face iluminada
pela luz artificial na noite escura
Trago poemas de quem chegou
um pouco tarde
um meio sorriso, uma inteira verdade
um amor clandestino
uma saudade
Eu trago a alma, um pedaço de vida,
a mão que afaga.
Dele,
eu trago em mim o que nunca se apaga.
o peso, a força, o gosto
o hálito, a luz dos olhos,
umas marcas roxas
Eu trago palavras e temperança
a lembrança pura
um pedaço da face iluminada
pela luz artificial na noite escura
Trago poemas de quem chegou
um pouco tarde
um meio sorriso, uma inteira verdade
um amor clandestino
uma saudade
Eu trago a alma, um pedaço de vida,
a mão que afaga.
Dele,
eu trago em mim o que nunca se apaga.
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